Após comer sobras de comida, jovem perde pernas e dedos das mãos

Um jovem de 19 anos perdeu as pernas e partes dos dedos das mãos ao ser diagnosticado com púrpura fulminante, uma grave complicação da septicemia meningocócica, após comer sobras de um tipo de macarrão chamado lo mein, frango e arroz. Segundo o “New England Journal of Medicine”, o paciente passou por vômitos, dores musculares e abdominal, náusea, pele arroxeada, febre de 40 graus e frequência cardíaca de 166 batimentos por minuto, apresentando choque, falência múltipla de órgãos e erupção cutânea grave, que tomou conta da maior parte de seu corpo. Ele sentiu ainda calafrios, fraqueza generalizada, dor no peito, falta de ar, dor de cabeça, rigidez do pescoço e visão embaçada.


Exames mostraram que o jovem estava com uma infecção bacteriana de meningococos chamada Neisseria meningitidis. Para salvá-lo, os médicos decidiram amputar as pernas dele abaixo dos joelhos e partes de todos os dedos. O caso foi relatado há quase um ano, mas ganhou repercussão recentemente por um vídeo do toxicologista Bernard Hsu em seu canal do YouTube, com 2,46 milhões de assinantes.


Embora o rapaz morasse com a mãe e o irmão na região da Nova Inglaterra, nos Estados Unidos, sua saúde foi afetada quando ele ficou uns dias na casa de um amigo, onde dividiram as sobras da comida de um restaurante. O amigo do paciente também passou mal, mas não de modo tão grave.


Conforme atendiam o jovem de 19 anos, os médicos verificaram que ele havia recebido apenas uma das três doses de uma vacina meningocócica conjugada e havia recebido apenas uma dose de uma vacina meningocócica do sorogrupo B, sendo que o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA recomenda duas ou três, informou a revista “Newsweek”.

No Brasil, a recomendação é aplicar as três doses da vacina meningocócica C (conjugada) aos 3, 5 e 12 meses de idade. Há ainda a vacina meningocócica ACWY (conjugada), de dose única e voltada aos adolescentes, de 11 a 14 anos.

O paciente “teve uma recuperação relativamente boa”, de acordo com o relatório da revista médica, considerando a gravidade da doença.

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