Batalhão Ambiental resgata mais de 150 animais silvestres em 2021

A Polícia Militar do Amazonas (PMAM) registrou a captura de 153 animais silvestres, de janeiro a março deste ano. No período, foram resgatados em situações de maus-tratos 45 quelônios, 44 aves, 40 répteis e 24 mamíferos. Os dados são do Batalhão Ambiental da PM, responsável pelo combate aos crimes contra o meio ambiente.

No primeiro trimestre de 2021, já foram resgatados 21 jacarés, dez somente no mês de março. O Batalhão Ambiental também localizou 18 cobras das espécies jiboia, jararaca e sucuri.

Além desses répteis, a Polícia Militar do Amazonas realizou a captura de três tipos de quelônios. Foram dez jabutis, oito Tartarugas-da-Amazônia e dois tracajás encontrados.

Entre as mais de 40 aves resgatadas, estão 11 periquitos, cinco passarinhos da espécie curió, quatro papagaios, quatro corujas, dois gaviões e um tucano.

O tenente Rozival Batista, que atua nas ocorrências do Batalhão Ambiental, conta que, mesmo com as restrições impostas pela pandemia no início do ano, as ações de busca e resgate dos animais silvestres seguiram de forma contínua.

“Trabalhamos diuturnamente nessa demanda de resgates de animais na cidade de Manaus. Apesar da pandemia, os nossos policiais não pararam nos resgates. Se o animal estiver em perfeitas condições, de imediato ele já é reinserido na natureza. Caso não esteja, é encaminhado para o Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama”, enfatiza o tenente.

A PM também contabiliza, neste ano, a captura de 11 macacos das espécies caiarara, prego, barrigudo e sauim-de-coleira. As três últimas espécies de primata correm risco de extinção, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

No mesmo intervalo de tempo, os policiais militares ainda salvaram quatro peixes-boi, mamífero aquático ameaçado de desaparecer devido à caça e pesca ilegal.

A pena, para quem comete maus-tratos a animais silvestres, é aumentada pela metade quando a infração é praticada contra espécies consideradas ameaçadas de extinção. Em casos de caça profissional, a pena é triplicada.

De acordo com o artigo 29 do Código Ambiental, matar, perseguir, caçar, apanhar ou utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização de órgão competente pode resultar em detenção de seis meses a um ano e multa.

Denúncias ou pedidos de resgate podem ser feitos pelo contato do Batalhão Ambiental da Polícia Militar, que atende no (92) 98842-1553 ou 98842-1547, além do 181, o disque-denúncia da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM).

Com informações da assessoria