Prezados leitores, hoje eu gostaria de compartilhar com vocês sobre alguns dados do mercado de trabalho na Rússia. Esse setor sofreu bastante com a pandemia do coronavírus. Imagino que no Brasil também. Posso citar alguns resultados de pesquisas sobre este assunto aqui no meu país.
Assim, durante o pico da pandemia, o nível mais alto de desemprego oficial registrado, em agosto de 2020 foi de 4,8 milhões de pessoas (ou 6,4% da população economicamente ativa). Já em janeiro de 2021, o número de desempregados caiu um pouco, para de 4,3 milhões de pessoas (ou 5,8% do total).
De acordo com uma pesquisa por amostragem realizada pela empresa pública de estatática da Rússia, a “Rosstat”, em janeiro de 2021, 34,7% dos desempregados utilizaram os serviços públicos de procura de emprego para novas contratações de trabalho. Naquele mesmo mês de 2021, dos 4,3 milhões de desempregados, 18,9% eram jovens com menos de 25 anos (810 mil pessoas).
Em comparação com agosto de 2020, quando o desemprego na Rússia atingiu seu pico, havia mais de 1 milhão de jovens nesta situação. No entanto, a proporção de desempregados com mais de 50 anos aumentou. No final de janeiro de 2021, na estrutura geral, esse percentual era de 20,1%, ou pouco mais de 860 mil pessoas (contra 760 mil em agosto de 2020). A idade média dos desempregados é de 37 anos. Esses dados foram divulgados oficialmente pela Agência russa de notícias RIA Novosti.
Assim, o presidente russo Vladimir Putin considerou 2020, como o pior ano para a economia russa, desde a Segunda Guerra Mundial.
Mas os especialistas acreditam que a situação no mercado de trabalho deverá melhorar à medida que a economia se recupere e a projeção para o PIB de 2021 já supera os 4% (em relação a 2020).
Tatiana Poloskova
Doutora em Ciência Política
Conselheira de Estado da Federação Russa (Primeira Classe).