Desaparecidos: divulgar números pessoais da família pode atrapalhar investigações, diz PC

Tem sido cada vez mais comum o compartilhamento de contatos pessoais no caso de desaparecimento de amigos ou familiares. Segundo a Polícia Civil, a conduta não é recomendada, apresenta riscos às famílias e pode, inclusive, atrapalhar nas investigações.

De acordo com a delegada Catarina Torres, titular da Delegacia Especializada em Ordem Política e Social (Deops), o compartilhamento de contatos pessoais é um risco e pode despertar a curiosidade de infratores.

“No momento do registro do Boletim de Ocorrência, é preciso confiar no trabalho da polícia, porque o objetivo é cuidar das investigações. Então é uma satisfação para nós cumprir o nosso dever e dar o retorno para a família da vítima”, explicou a delegada.

Em Manaus, casos envolvendo crianças e adolescentes são investigados pela Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) e, preferencialmente, devem ser registrados na sede da unidade policial. Já na investigação de casos envolvendo adultos cabe a Deops.

Registro

Para registrar o Boletim de Ocorrência, é necessário que o familiar apresente um documento de identificação com foto para comprovar o vínculo com o desaparecido.

Os familiares podem procurar qualquer delegacia para registrar o caso. Não há necessidade de esperar que o desaparecimento complete 24 horas. Quanto antes as autoridades policiais forem informadas sobre a ocorrência, as chances de encontrar a pessoa desaparecida são maiores.

Se após o registro do B.O a pessoa desaparecida for encontrada pelos próprios familiares, é importante comunicar o fato à Polícia Civil.

Denúncias

Para denúncias anônimas que informem o paradeiro de uma pessoa desaparecida, a população auxilia nas investigações ligando para o número 190, para o Linha Direta da Deops, no (92) 3214-2268, ou para o 181, o disque-denúncia da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM).

Com informações da assessoria