Ex-esposa de paraquedista tem esperança de encontrá-lo vivo: ‘ele não ia desistir fácil’

As buscas pelo advogado Luiz Henrique Cardelli entraram no terceiro dia neste domingo (17). Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBM-AM), já são 96 agentes e diversos veículos, entre embarcações e aeronaves, empenhados. As autoridades prometem prolongar as buscas e pessoas próximas mantém a esperança de encontrar o paraquedista ainda com vida.

Nesta madrugada, chegou à Manaus a ex-esposa e sócia do escritório de advocacia, Jéssica Santos, para acompanhar as buscas. Em entrevista no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), Jéssica disse que Luiz já tinha bastante experiência com saltos de paraquedas e acredita que ele está vivo.

“Com certeza, eu tenho essa esperança [de encontrá-lo com vida] porque o Luiz é muito forte, e ele foi militar durante muito tempo como PQD [paraquedista] do Exército, ele não ia desistir fácil, então tenho certeza que ainda será encontrado com vida. “, disse Jéssica.

Ela informou ainda que além do efetivo das forças de segurança pública, outra equipe particular também ajuda nas buscas. “A gente pede para a população, quem tiver qualquer notícia, se mobilizar no sentido de encontrá-lo. Tem a mata ainda que precisa ser explorada, então a nossa esperança é encontrá-lo com vida, temos que achá-lo o mais rápido possível”, afirmou.

Luiz Henrique, que mora e trabalha em Curitiba(PR) como advogado, veio para Manaus em uma viagem a trabalho, segundo Jéssica, e já tinha feito diversos saltos. Um amigo próximo do advogado, também veio à Manaus para acompanhar o resgate.

Buscas

O comandante-geral do CBM-AM, coronel Orleilson Muniz, explicou que as buscas foram reforçadas nesta manhã de domingo, inclusive com apoio da estrutura do Aeroclube de Manaus. Agora são seis embarcações, incluindo do Corpo de Bombeiros, das polícias Militar e Civil, da Marinha e do Exército.

Ainda de acordo com Muniz, o efetivo conta ainda com aeronaves da Força Aérea Brasileira e do Sistema de Segurança Pública. As buscas estão ocorrendo em uma faixa que percorre o local onde o corpo da primeira paraquedista foi encontrado, no Distrito de Cacau Pirêra, até a região do Puraquequara, tanto em água, quanto nas margens em terra.

“As equipes de terra estão fazendo contato com os canoeiros, ribeirinhos e permaneceremos nas buscas e persistiremos na operação, enquanto não encontrarmos o paraquedista desaparecido, ou até que as condições técnicas sejam viáveis”, explicou Muniz.

O comandante-geral disse ainda que as chuvas tem dificultado o trabalho das equipes de buscas, por conta de prejudicar a visibilidade, mas que o efetivo deve seguir empenhado para encontrá-lo o mais rápido possível, devido as chances de sobrevivência reduzirem conforme o passar o tempo.

Portal Manaus Alerta