Mulher denuncia violência doméstica simulando pedido de açaí

No último sábado (5), Uma mulher que sofria violência doméstica pediu ajuda à Brigada Militar simulando uma encomenda de açaí por telefone. Segundo a polícia, a mulher tinha sofrido tapas e empurrões do companheiro. Ele foi preso na hora.

De acordo com o soldado da Central de Atendimento do Departamento de Comando de Controle Integrado da Capital, Danilo Garcia, o telefone tocou por volta das 7h.

  • Atendente: Bom dia, Soldado Garcia, qual sua emergência?
  • Vítima: Queria um açaí.
  • Atendente: Não entendi…
  • Vítima: Ah eu queria um açaí
  • Atendente: A senhora ligou pro 190, para a Brigada Militar
  • Vítima: Eu sei, eu sei…
  • Atendente: Mas tá ocorrendo alguma coisa aí senhora?
  • Vítima: Sim, eu queria um açaí
  • Atendente: A senhora tá sendo agredida?
  • Vítima: Sim, eu queria um açaí moço…
  • Atendente: Vou informar ao batalhão da área, tá bom?
  • Vítima: Tá.

“No momento disso eu já comecei a pegar o endereço dela. Após pegar o endereço dela, ela estava no telefone e tinha alguém próximo dela e deu pra ver que eles estavam em atrito e aí a gente confirmou que era um pedido de socorro e através disso já enviei para o batalhão da área e eles enviaram uma viatura no local e constataram que era um agressão”, conta o soldado.

A denúncia foi feita na Zona Leste de Porto Alegre. A Brigada Militar chegou pouco tempo depois na casa e o suspeito foi preso em flagrante.

“Ela relatou justamente que houve esses empurrões e esses tapas assim não houve desdobramentos mais graves porque justamente ela teve iniciativa de recorrer e ligar pra BM e solicitar atendimento no primeiro momento, primeiro estagio de violência doméstica que é justamente o que nós orientamos que a vítima faça”, diz a delegada da Delegacia da Mulher de Porto Alegre, Jeiselaure Rocha de Souza.

O relacionamento era recente, mas o homem já tinha histórico de agressão. Ele foi solto, mas a mulher entrou com uma medida protetiva contra ele.

“A partir de então essa vítima tem uma medida protetiva em seu favor, ela está em segurança, nossa equipe entrou em contato porque é de praxe da Polícia Civil nesses casos entrar em contato com a vítima para orientar né, que caso tenha uma nova ameaça ou caso haja um descumprimento dessa medida protetiva que ela procure a polícia para que a gente faça a prisão em flagrante ou represente pela prisão preventiva do agressor”, destaca a delegada.

As informações são do G1