Professora adapta materiais didáticos para alunos com deficiência, em escola da zona sul

Ter um estudante com deficiência em casa pode ser um desafio e, pensando na melhor forma de levar o ensino aos alunos, a professora Maria Josiete Rodrigues, da Escola Estadual (EE) Carvalho Leal, no bairro Cachoeirinha, zona sul de Manaus, adaptou os exercícios do “Aula em Casa” para aqueles que requerem mais cuidados. Os pais e responsáveis estão felizes com a iniciativa. “Cada aluno é diferente e cada um deles aprende diferente”, pontua a docente.

Um dos estudantes que recebe essa atenção especial é Wesley dos Santos, de 12 anos. Ele cursa o 7º ano e tem encefalopatia crônica, condição que exige mais empenho nas atividades motoras. A mãe dele, Célia Maforte, conta que esse tipo de cuidado mostra como a escola se preocupa com a educação.

“Não só eu, mas toda a família dele ficou feliz com esses materiais, porque mostra a atenção que eles têm com nossos pequenos. Ele é muito dedicado, assiste o ‘Aula em Casa’ todo dia. Ele usa o material especial, coloca toda a inteligência dele no papel na hora de executar a tarefa. Ele faz perguntas, liga para a professora e mostra para ela. Ele é muito inteligente”, diz a mãe do estudante.

A professora Maria Josiete conta que conhece todos os sete alunos com deficiência da escola e percebeu que alguns pais estavam com dificuldades. Por isso, teve a iniciativa de montar kits com materiais que auxiliassem na educação em casa. A docente teve o apoio da gestora da EE Carvalho Leal e, também, da Coordenadoria Distrital de Educação 1 (CDE 1) para a confecção dos kits.

Para produzir os materiais de apoio, ela utilizou papelão, cola, figuras, tampinha de leite em caixa, tinta guache, fitas coloridas e material para plastificação e encadernação, além de papel ofício para a impressão de apostilas. Ao todo, 11 alunos recebem os kits, sete da própria escola e quatro que outras unidades, que já foram alunos de Maria Josiete.

Os estudantes auxiliados têm deficiências como autismo, encefalopatia crônica, TDAH e deficiências físicas. Josiete diz que é importante ter um olhar diferente para a Educação Especial.

“Tenho aluno da Escola Balbina [Mestrinho], que já acompanho há três anos. Foi encaminhado pela Escola Mayara [Redman]. Outros dois alunos que até o ano passado eram nossos, mas estão na EJA (Educação de Jovens e Adultos). Os pais fizeram questão que eles permanecessem na sala de recursos. Uma outra é da Manoel Marçal, essa também já foi nossa. Entrei em contato com a mãe e ela falou que gostaria do acompanhamento. A Educação Especial precisa de outros olhares”, observa a docente.

Educação Especial

A Secretaria de Educação busca promover uma educação inclusiva disponibilizando vagas em toda a rede pública estadual para Pessoas com Deficiência (PcD), além de dispor de unidades com Educação Especial, como a EE Augusto Carneiro do Santos, específica para alunos com deficiência auditiva/surdez e surdo cegueira; EE Joanna Rodrigues Vieira, para alunos com deficiência visual, cegos e com baixa visão; EE Manoel Marçal de Araújo, para alunos com deficiência intelectual, autismo ou com paralisia cerebral; e EE Diofanto Vieira Monteiro, para alunos com deficiência intelectual, Síndrome de Down e autismo.

As informações são da assessoria