Saiba como o álcool pode interferir em exames de saúde

Grande parte dos brasileiros consome algum tipo de bebida alcoólica, seja esporadicamente, em ocasiões comemorativas, ou regularmente, como parte de sua rotina. Alguns até defendem que uma taça diária de vinho, por exemplo, faz muito bem à saúde, enquanto os excessos, seja de qual bebida for, podem comprometer seriamente a qualidade de vida, uma vez que colaboraram para deficiências de vitaminas e minerais. Mas e quando se trata de exames laboratoriais, como funciona essa relação?

Conforme a biomédica Mayara Alves, coordenadora técnica do Sabin Medicina Diagnóstica em Manaus, não apenas o excesso de álcool pode influenciar nos resultados, mas apenas um pequeno copo, como uma dose de uísque ou latinha de cerveja, na véspera da coleta, já é suficiente para alterar os níveis de exames como triglicerídeos, colesterol, glicose e gama glutamil transferase (Gama GT).

“As bebidas alcoólicas constituem uma importante fonte de calorias, e por isso interferem diretamente no metabolismo dos açúcares, podendo também induzir alterações hepáticas e gástricas”, explica a biomédica.

Jejum recomendado

Para evitar que essas alterações aconteçam, profissionais da medicina laboratorial recomendam um jejum de pelo menos 72 horas antes da realização de exames para consumidores esporádicos.

Porém, quando se trata de consumidores costumeiros ou pessoas consideradas alcoólatras, esse jejum nem sempre é suficiente, e aí é preciso redobrar a atenção quanto aos resultados obtidos, o que apenas o profissional médico, que acompanha o paciente e conhece seu histórico, saberá interpretar.

“O uso abusivo de álcool pode provocar diversas alterações no organismo, como pancreatite (uma severa inflamação no pâncreas), problemas no fígado, úlceras no estômago, além de câncer de esôfago e de outras regiões, como boca, estômago, laringe e intestino. Assim, os resultados alterados, são reflexos das patologias instaladas”, informa Mayara Alves.

As informações são da assessoria