Sobrevivente da queda do avião da Chapecoense escapa da morte na queda de ônibus que deixou 21 mortos

Um ônibus caiu cerca de 150 metros de um barranco na madrugada desta terça-feira (2) na Bolívia enquanto percorria a rota entre as localidades de Cochabamba e Ivirgarzama. Segundo a imprensa local, ao menos 21 pessoas morreram e mais de 20 ficaram feridas.

De acordo com informações do G1, um dos sobreviventes é o técnico de aviação Erwin Tumiri. Ele é conhecido em seu país por haver estado a bordo do avião da empresa LaMia que se acidentou em 2016 na Colômbia com o time de futebol brasileiro Chapecoense.

Tumiri foi entrevistado por diversos meios de comunicação bolivianos. Ele se dirigia à cidade de Chimoré, onde trabalha, quando o ônibus caiu.

“O ônibus estava rodando, aí eu agarrei o banco da frente, sabia que íamos bater porque viajávamos em alta velocidade”, disse ele. Tumiri contou que o ônibus saiu por volta das 22h30 de segunda-feira e fez uma parada “estranha” logo depois.

Ele disse que o ônibus estava se deslocando muito rápido na hora do acidente e que as pessoas começaram a gritar, quando ele agarrou sua poltrona. “Continuei agarrado, não soltei até atingirmos o solo”, contou.

“Depois, me arrastei para fora, sentei, meu joelho estava machucado, me sentei e disse, de novo, ‘não posso acreditar’”. 

“Aí vieram nos resgatar, eu não estava inconsciente. Acho que fui o primeiro a ser levado para cima ”, relatou. “Eu me sinto abençoado, sempre dando graças a Deus”.

A queda do avião LaMia, em novembro de 2016 na Colômbia, deixou 71 mortos, a maioria jogadores da Chapecoense.